Bitcoin atinge novo patamar, mas especialistas alertam para cautela
O Bitcoin, a famosa criptomoeda, atingiu uma nova máxima histórica, chegando a incríveis US$ 120 mil em algumas plataformas de negociação. Isso gerou burburinho no mercado, com muitos investidores de olho nas novidades e tendências. Mas nem tudo são flores — é um momento de atenção redobrada.
Na última semana, o Bitcoin alcançou um recorde de US$ 113.819,47. O que chamou a atenção foi que as taxas de financiamento do BTC ficaram estáveis, mesmo com a valorização. Essa situação sugere que a demanda foi impulsionada pelo mercado à vista, sem a necessidade de depender de posições alavancadas. Em outras palavras, parece que a alta está vindo de um interesse genuíno dos compradores, o que é um bom sinal.
Por outro lado, uma análise da CoinEx aponta que, apesar da recuperação do Bitcoin, as entradas de stablecoins — normalmente vistas como um indicativo de liquidez e interesse do mercado — não seguiram o mesmo ritmo. Em novembro, essas moedas tiveram uma entrada robusta de US$ 14 bilhões, mas agora apresentam um cenário diferente, com dois meses seguidos de retração, mesmo com o BTC alcançando novos patamares.
Essa divergência deixou os analistas em alerta. Apesar das entradas de stablecoins ainda serem consideráveis, a falta de crescimento compatível com o preço do Bitcoin sugere que é hora de observar mais de perto. Sem um fluxo constante nesse segmento, pode haver limitações para a alta dos preços ou até riscos de uma reversão.
Fundamentos fortes
Apesar das preocupações, a análise da Bitso traz uma perspectiva otimista, destacando que o mercado apresenta fundamentos robustos que sustentam essa alta, e citam cinco motivos principais:
Adoção institucional crescente: Cada vez mais, investidores grandes estão se interessando por ativos alternativos. O Bitcoin, com uma capitalização de mercado na casa dos trilhões, passou a ser visto como uma verdadeira reserva de valor. Fundos e empresas com perfil conservador estão começando a incluí-lo em suas carteiras.
Rompimento técnico de resistência: O Bitcoin conseguiu superar resistências importantes entre US$ 110 mil e US$ 111 mil, o que levou a um movimento automático de compra, acelerando ainda mais o aumento de preço.
Pressão de liquidações: Nas últimas 24 horas, mais de US$ 460 milhões em posições vendidas foram liquidadas, a maior quantia desde maio. Isso também ajudou a alimentar o movimento de alta.
Comentários sobre cortes de juros: Recentes declarações sobre possíveis cortes nos juros nos Estados Unidos fizeram com que muitos traders se posicionassem para um alívio monetário. Esse clima ajudou a fortalecer o rali do Bitcoin.
Otimismo regulatório e ETFs: O mercado está mais esperançoso em relação à criação de ETFs à vista de Bitcoin, com apoios de entidades conhecidas. Além disso, a existência de uma “Reserva Estratégica de Bitcoin” pelo governo americano aumenta a confiança no ativo.
Com todos esses fatores atuando em conjunto, a análise indica que o rompimento de resistências, o movimento de liquidações, as expectativas em relação à política monetária e o otimismo regulatório ajudaram a impulsionar o Bitcoin a esse novo recorde histórico. É um verdadeiro sinal da confiança em crescente pelos investidores em todo o mundo, algo que muitos já previam desde o início dessa jornada.